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Zé Divino, o Messias

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.


“Sem nenhum exagero, desde Guimarães Rosa, como impacto, eu não recebera nada mais contundente na literatura brasileira. E no entanto o livro é simples, sem rebuscamento, numa linguagem mistura de povo e criança, onde Cristo, na Terra de novo, em condições ainda piores – um Cristo todo ele mágico e popular – endireita o que aqui pode ser endireitado, nada prometendo do Céu antes de satisfeitas as necessidades primeiras do Homem.

Li os originais de Zé Divino, o messias e comunguei com o Cristo transfigurado nas páginas de Sérgio Schaefer [...].” HERMILO BORBA FILHO, escritor. (Do Prefácio ao livro)




“O segredo deste pequeno grande livro que Sérgio Schaefer escreveu – e ilustrou – é a sua candura, o ingênuo e doce sabor de raconto desentranhado da imaginação do povo humilde. O escritor soube ir buscar nas raízes mais profundas da inventiva popular toda uma visão do mundo – poética, fantástica, irreverente, mas também crítica, justiceira e escarmentosa. Na mesma fonte encontrou a seiva de uma linguagem riquíssima como expressão e, notadamente, como instrumento narrativo que nunca se distancia das duras realidades da vida. Sérgio Schaefer capta esse mundo de conflitos e ambições, temores e sobressaltos, perfídias e egoísmos que nos rodeia, pondo-o a nu sempre sob o açoite certeiro do seu Cristo nimbado de folclórico misticismo.

Zé Divino, o messias é, no nosso entender, uma rara proeza literária e um livro em que a alma de nossa gente se reflete e se expande. Um livro bem brasileiro. Inclusive na sua religiosidade recôndita, pois só na aparência, na superfície, destrilha do profundo sentimento órfico que tipifica nosso desvalido povo.” MÁRIO DA SILVA BRITO, escritor. (Da Apresentação ao livro)




“Ainda agora, com o selo da Editora Civilização Brasileira, chega-nos esse Zé Divino, o messias, de Sérgio Schaefer. O volume nos chama a atenção a partir da apresentação gráfica. Tem um gosto primitivo e nos leva às bases populares de sua informação. Um halo de eternidade brota de cada um dos seus capítulos, em mistério e em prece, como se ouvíssemos, à roda do fogo nas noites frias, o relato dos sortilégios de que são capazes os puros e os idealistas.” CAMPOMIZZI FILHO, crítico literário. (Folha do Povo, Ubá, Minas Gerais, 9/10/1976)




“Uma crítica moral, política e religiosa [...]. Um romance moderníssimo e de uma originalidade incomum. Quanto ao estilo, de uma simplicidade, que se pode traçar um paralelo bem acentuado entre ele e as obras de nosso estimado Felício dos Santos.” FONTES IBIAPINA, da Academia Piauiense de Letras. (Folha do Litoral, Parnaíba, Piauí, 9/10/1976)


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